Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

BEJAN MATUR

( Turquia )

 

Em 1986, a então estudante de direito Bejan Matur, curda alevita, foi presa junto com outros 200 colegas por conspiração em Ancara, capital da Turquia. À época com 18 anos, Bejan passou meses sozinha, em uma cela pequena, escura, sem direito a defesa, onde foi torturada. "A poesia salvou minha vida. Eu declamava para me consolar dentro daquela sepultura, ouvia palavras que eram como diamantes na escuridão", disse com voz pesada a Opera Mundi.

Assim que  foi libertada, Bejan passou a escrever compulsivamente em cadernos de anotações. Centenas deles. Despejou ali uma enxurrada de versos líricos que expressavam toda sua dor pelo encarceramento, alterada, como uma "lunática". O destino que ela deu às anotações, porém, foi surpreendente. Ou, como ela classifica, "de uma enorme crueldade".

"Eu tinha uma fita de Maria Callas. Escolhi uma aria, provavelmente de Puccini, e ateei fogo em tudo. Enquanto os cadernos queimavam, as palavras murchavam, eu me perguntava: tem certeza?", contou. A resposta reassegurava sua intenção. "Não seja sensível agora. Esse é um momento de ruptura da sua vida. Você precisa ir mais longe e precisa se livrar disso para ser livre."

Hoje, quase 30 anos depois de atear fogo às suas anotações, e de mergulhar em uma arqueologia pessoal, Bejan tornou-se a principal poeta da Turquia, referendada pela crítica local e internacional pela originalidade de sua obra. Em linhas gerais, a poética de Bejan apresenta uma ontologia do alevismo curdo, calcada no xamanismo e na exaltação do feminino. Com isso, ela apresenta uma contra narrativa ao patriarcado turco.
Biografia e fotografia:
https://operamundi.uol.com.br/cultura/37351/bejan-matur-xamanismo-e-feminidade-curda-na-turquia

 

TEXTO EM TURCO   -  TEXTO EM PORTUGUÊS

 

REVISTA BRASILEIRA – Academia Brasileira de Letras, Fase VIII, N. 88, Julho-Agosto 2016,   ISSN 0103707-2
Ex. bibl. Antonio Miranda
 

 

Her kadın kendi ağacını tanır

Sana geldiğimde

Kanatlarımı,

Siyah taşlarla örülmüş

O ıssız şehrin üzerinde açacak,

Bulduğum bir ağacın dallarına tüneyecek

Ve acıyla bağıracaktım.

 

Her kadın kendi ağacını tanır.

 

Uçtum o gece.

Karanlığın girmeye korktuğu şehri geçtim.

Gölge olmayınca ruh yalnızdı. Uludum.

 

 

TEXTO EM PORTUGUÊS

 

Toda mulher conhece a própria árvore

 

 Quando chegarei a vós
abrirei minhas asas
encastoada de pedras negras
daquela desolada terra,
queria pousar nos ramos de uma árvore
para chorar minha dor.

Toda mulher conhece a própria árvore.

Voei naquela noite
sobre a cidade que assusta e vencia também a escuridão,
Uma alma sem sombra abandonada. Soltei um grito.

 

*

VEJA e LEIA outros poetas do mundo em Português:

 

http://www.antoniomiranda.com.br/poesiamundialportugues/poesiamundialportugues.html



Página publicada em janeiro de 2023


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar